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14 de abril de 2011

CAMPANHA DO DESARMAMENTO

Muito tem se falado sobre a decisão do Ministério da Justiça sobre a antecipação de uma "nova campanha do desarmamento". É impressionante e lamentável como no Brasil qualquer fato de repercussão nacional chama logo a atenção do Governo ou dos Congressistas.

O fato ocorrido no Realengo (RJ), promovido por um atirador psicopata e que irresponsavelmente colocou a questão da discriminação como pretexto para vitimar de forma brusca e desumana treze crianças, é o alvo, ou melhor, o foco do momento.

Não quero me ater aos fatos que possivelmente levou o atirador a cometer essa barbaridade, uma vez que teríamos de discutir a questão do ponto de vista social, comunitário e humano, não sabemos o que passava/sofria o delinquente, mesmo não sendo essa a justificativa. Porém, discordo que uma campanha proibitiva para o uso de armas possa resolver isso.

Temos de construir políticas públicas que possam garantir aos brasileiros os direitos básicos à cidadania (saúde, educação, segurança, cultura, habitação, trabalho...) e assim podermos evitar ou pelo menos tentar impedir que algo dessa natureza se repita.

Uma contradição vista é que no Congresso Nacional, o presidente Sarney, proponente da ideia, anda com diversos "seguranças particulares", pagos com os nossos impostos. Ele, os demais Congressistas, o Ministro da Justiça e outros adeptos ao referendo jamais teriam coragem de colocar, por exemplo, seus filhos para estudarem na escola onde aconteceu o feito.

Afinal, pouco importa se será proibida ou não a comercialização de armas no País. Nada mudará, até porque a maioria (60%) das armas apreendidas no Rio de Janeiro são legais, segundo estatísticas da Polícia Civil fluminense.

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