"Fazer uma pauta propositiva
não é apenas para discutir, [o parlamento] não foi feito para enrolar, foi
feito para discutir e votar, debater e decidir", disse o deputado. O mandato de Alves termina em
fevereiro de 2015 e ele ficará no cargo, portanto, até o final do atual mandato
da presidente Dilma Rousseff, que termina no fim de 2014. Favorito na disputa,
Alves teve o apoio do PT e do governo.
“Eu chego aqui pela minha
história, meu trabalho, minha coerência, minha lealdade, meu compromisso com o
Parlamento, mas tendo consciência de que chego muito mais pelo respeito à regra
democrática da proporcionalidade no compromisso que é ético da bancada dos
partidos”, disse Alves, em referência ao fato de que a maior bancada tem
direito à presidência da Casa.
Henrique Alves encerrou o
discurso pedindo apoio para que a Câmara seja respeitada. "A partir de
agora quem quer bem essa Casa como eu quero, essa casa é minha casa, vamos
todos dar as mãos [...] Vamos fazer respeitar esta Casa", afirmou. Henrique Eduardo Alves disputou a
presidência da Câmara com a colega de partido Rose de Freitas (PMDB-ES), que
recebeu 47 votos, e com os deputados Júlio Delgado (PSB-MG), que teve 165
votos, e Chico Alencar (PSOL-RJ), que obteve 11 votos.
Alves disse que não faltará por
parte da Câmara respeito aos demais poderes da República- Judiciário e
Executivo. Mas alertou que os dois poderes precisam estar cientes de que os
deputados são eleitos pelo povo. "Não faltará a um ou outro [Executivo e
Judiciário] o nosso respeito. Mas tanto um quanto outro não se esqueçam que aqui
nesta Casa só tem parlamentar abençoado pelo voto popular."
Ditadura militar
Emocionado, Henrique Eduardo
Alves lembrou da ditadura militar e disse que naquela época era "preciso
ter coragem para não sucumbir".“Eu sou de um tempo que essa casa
se orgulhava de se abrir ao povo brasileiro, a comunhão de pensamentos e
idéias. Eu vivi tudo isso. Mas vivi também tempos em que, hoje é fácil em
arroubos se bancar o valentão e destemido. Sou de um tempo em que era preciso
ter coragem para não sucumbir, ter coragem para resistir. [...] sei do medo que
tive que superar para chegar aqui inteiro”, afirmou.
No discurso, Henrique Eduardo
Alves disse que aprendeu com Ulysses Guimarães que o político precisa ter
coragem de”recuar” e “mudar”. “O político tem que ter muitas qualidades, a
ética, a sensibilidade, mas tem uma que é a principal, a coragem. É a coragem
de saber recuar, de saber mudar, porque isso traz dentro de nós a profunda
consciência.”
A eleição
Com a escolha de Henrique Alves,
o PMDB comandará Câmara e Senado pelos próximos dois anos. Na última sexta,
Renan Calheiros (PMDB-AL) foi eleito presidente do Senado. (Fonte: O Globo).
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