Concordo com a ilustre professora Amanda Gurgel quando afirma que todo dia é dia do professor. Diariamente devemos refletir a respeito de suas lutas e conquistas. Os obstáculos não podem superar a nossa vontade de sempre lutar e vencer. Aos leitores desta página apresento um texto do amigo jornalista César Santos sobre o papel do educador.
Máquina humana
No livro “Educação – a solução está no afeto”, o autor Gabriel Chalita escreve: “A alma de qualquer instituição de ensino é o professor. Por mais que se invista na equipagem das escolas, em laboratórios, bibliotecas, anfiteatros, quadras esportivas, piscinas, campos de futebol – sem negar a importância de todo esse instrumental –, tudo isso não se configura mais do que aspectos materiais se comparados ao papel e à importância do professor.” O professor é o grande agente do processo educacional, entende. Não há dúvida. Essa posição faz cair por terra a tese de que o avanço da tecnologia estaria diminuindo a importância do professor, a ponto de prever que no futuro próximo o computador substituiria o mestre. “Por mais evoluída que seja a máquina, por mais que a robótica profetize evoluções fantásticas, há um dado que não pode ser desconsiderado: a máquina reflete e não é capaz de dar afeto, de passar emoção, de vibrar com a conquista de cada aluno. Isso é um privilégio humano”, atesta Chalita. Nessa concepção, o papel do professor vai muito além do conhecimento, à medida que a formação continuada é tão importante quanto o conteúdo disciplinar. “Não basta que um professor de Matemática conheça profundamente a matéria; ele precisa entender de psicologia, pedagogia, linguagem, sexualidade, infância, adolescência, sonho, afeto, vida. Não basta que o professor de Geografia conheça bem sua área e consiga dialogar com áreas afins como História; ele precisa entender de ética, política, amor, projetos, família. Não se pode compartimentar o conhecimento e contentar-se com bons especialistas em cada uma das áreas”, defende o especialista. Pois bem. A figura do professor está preservada em sua importância incomum, e assim continuará. Porém, há um ponto que merece uma análise em especial: o professor cumpre o seu verdadeiro papel? Salários indignos, condições precárias de trabalho, falta de qualificação e outras deficiências igualmente graves refletem na qualidade de ensino, principalmente na rede pública. O tema merece profunda reflexão no Dia do Professor – hoje.
A todos os mediadores do conhecimento, meus parabéns. Que Deus nos abençoe nessa linda missão de educar e formar cidadãos livres e conscientes de sua participação na sociedade!
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